João Rosate confirmou a vantagem que havia construído nas corridas anteriores e se sagrou campeão da Seletiva de Kart Petrobras 2017. Murilo Coletta passou o goiano na linha de chegada e se garantiu em terceiro na pontuação geral, atrás de Lucas Okada
Não tinha mesmo para ninguém. Nesta quarta-feira (1), na Granja Viana, João Rosate fez valer o domínio completo da decisão da Seletiva de Kart Petrobras 2017 e se sagrou campeão. O goiano, que foi para a decisão apenas na última etapa classificatória na Paraíba, liderou grande parte da segunda corrida, tirando o pé na linha de chegada e ficando em segundo, mas garantindo pontos mais do que suficientes para ficar com o caneco.
“Eu nunca fui piloto de Graduados, a categoria da Seletiva. Meu foco é todo na Rotax e nos carros, então eu só tive uma oportunidade para me classificar, que foi na Copa Brasil, quando ganhei o equipamento e agradeço muito a Techspeed por isso. Lá eu tive problemas até na final. Dei sorte que, dos quatro pilotos que podiam ficar com a vaga, um quebrou e aí eu dei lá três voltas, cheguei na frente dele e me classifiquei”, disse o campeão ao GRANDE PRÊMIO.
“Chegando aqui era outra história. Eu praticamente moro aqui, eu vivo andando nessa pista, com esse motor, então tudo me favoreceu. Era tudo questão de acerto, quem tinha mais a mão da libra se saiu melhor. No final, era questão de saber quem tinha chance de me passar. A hora que eu vi que na última volta o Okada não estava lá, resolvi deixar o Murilo me passar para a gente ir para a Itália junto. É uma parada nossa. Estou muito feliz, foi perfeito, só tenho a agradecer”, completou o goiano.
Lucas Okada ficou em quarto na prova, mas garantiu mesmo assim a segunda colocação geral. O brasiliense, no entanto, não vai participar da premiação por já ter feito parte do programa em 2016.
“Os karts são muito iguais, eu resolvi adotar outra estratégia em relação ao resto. Ajustei a libra para ser mais rápido no início, mas não deu certo. Na primeira final acabei sendo terceiro, de lá larguei na segunda e tentei ter a mesma estratégia, mas não funcionou com o pneu quente. Ano que vem está aí, ainda tenho mais essa chance, tomara que dê certo”, comentou Okada ao GP.
Além de Rosate e Coletta, quem também vai para a Europa é Enzo Elias, que teve duas provas finais bem complicadas, mas aproveitou a gordura criada na terça-feira para ficar com a vaga.
“A Seletiva é muita exigente e era a minha primeira contra vários pilotos bem mais experientes, então acho que essa foi a parte mais complicada para mim, me igualar a eles. Mas foi ótimo, tive grandes resultados ontem e hoje, mesmo com um pouco de azar, ainda consegui ficar com esse prêmio. Esse programa na Itália é uma grande experiência, principalmente para nós jovens. O simulador da F1, o teste na F4… é uma experiência lá fora, pode nos abrir portas no futuro”, explicou Elias ao GP.
Confira como foi a final da Seletiva
Murilo Coletta saiu muito bem na largada e mergulhou para assumir a primeira colocação, deixando João Rosate e Lucas Okada para trás. Arthur Leist foi outro que teve grande largada e superou Vinicius Ponce e Enzo Elias.
Não demorou muito para que, mais uma vez, Rosate fosse parar na primeira colocação e, naturalmente, começar a abrir frente na ponta. Coletta, que caía para segundo, começava a receber ataques de Leist, que também já havia deixado Okada para trás.
A grande briga da corrida foi entre Coletta e Leist, que disputavam cada metro da pista e se aproximavam, especialmente, no miolo. No entanto, os dois não deixavam Rosate fugir, com Coletta inclusive dando um totozinho no ponteiro.
Mais para trás, a briga entre Elias e Ponce esquentava, com os dois procurando aquela que seria a última vaga na zona de premiação, destinada ao melhor estreante.
Já no finalzinho, com Coletta encostando, a briga pela primeira posição ficou para os três líderes. Rosate, já com o título totalmente garantido, tirou o pé na reta final e viu Murilo triunfar. O resultado garantiu ambos no programa da Seletiva e, consequentemente, na viagem para a Itália.